segunda-feira, 12 de setembro de 2011

HOMENAGEM AO JUCELINO KUBITSCHEK


O dia 22 de agosto de 1976 foi particularmente triste para o Brasil. Foi nesta fatídica data, precisamente no quilômetro 165 da Via Dutra, próximo a Resende (RJ), que um acidente automobilístico tirou a vida de Juscelino Kubitschek de Oliveira e de seu amigo e motorista Geraldo Ribeiro. O País mergulhou em um profundo pesar, ciente de que perdera um de seus homens mais ilustres e queridos.
Mas a tristeza da perda de Juscelino rapidamente se converteria em orgulho. Afinal, o Ex-Presidente tinha deixado atrás de si um legado de imensas obras e uma vida de imenso amor pelo Brasil.

Filho de um caixeiro viajante com uma dedicada professora primária, Juscelino nasceu na Cidade mineira de Diamantina, no dia 12 de setembro de 1902. Começou a vida profissional como telegrafista, mas logo iniciaria seus estudos na Faculdade de Medicina de Minas Gerais. Especializou-se em urologia na França, retornando ao Brasil em 1931. Trabalhou na Polícia Militar de Minas Gerais, chegando ao posto de Coronel-médico e no mesmo ano casou-se com Dona Sarah Luza Gomes de Lemos.
Dois anos depois, em 1933, Juscelino daria início a sua vida pública que o levaria ao cargo de Presidente da República. Dono de uma inteligência brilhante, de uma vasta cultura humanística e um carisma sem fim, Juscelino assumiu o cargo de Chefe de Gabinete do Governador Benedito Valadares, em Minas Gerais.

Em 1934, foi eleito Deputado Federal, mas acabou perdendo o mandato com o advento do Estado Novo em 1937. Juscelino, então, voltou a clinicar e só retornaria a vida pública em 1940, quando foi nomeado Prefeito de Belo Horizonte pelo Governador Benedito Valadares.
Na capital mineira, Juscelino começou a parceria com o arquiteto Oscar Niemeyer, que após realizar várias obras em Belo Horizonte, inclusive a urbanização da Pampulha, viria a ser um dos principais nomes na construção de Brasília.

Em 1946, JK elegeu-se Deputado à Assembléia Nacional Constituinte e quatro anos depois, em 1950, tornaria-se Governador de Minas Gerais, norteando sua administração pelo binômio "Energia e Transporte".

O próximo passo foi a Presidência da República. Elegeu-se presidente em 1955 e deu início a um estilo de atuação inteiramente novo. Aproveitando seu imenso carisma, Juscelino Kubitschek criou em torno de si uma aura de simpatia e confiança. Seu governo, tendo como base um ambicioso plano de metas, implantou a indústria automobilística e percebendo a necessidade de uma Integração Nacional do Brasil, Juscelino deu início a sua meta mais audaciosa: a construção de Brasília e a transferência da capital do País para o Planalto Central.
Em seu período Presidencial, o país todo conheceu um grande desenvolvimento econômico, em meio à estabilidade política. Após a Presidência, elegeu-se senador por Goiás, mas em 1964 teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos pelo regime militar. A suspensão por dez, ainda que veladamente, a liberdade de Juscelino visitar a capital que construiu, o que o fez mergulhar em uma tristeza imensa. Para seu alívio, Juscelino ainda voltaria a Brasília várias vezes antes de ver sua vida interrompida, aos 74 anos, na Via Dutra.
Caminhar por Brasília ou dirigir por suas largas avenidas é perpetuar a audácia de Juscelino, que moveu a capital do litoral e a trouxe para o meio da aspereza do Cerrado. Com isso, iniciou o processo de redescobrimento do Brasil, visto que, antes de Brasília, dois terços do território Brasileiro estavam virgens da presença humana, um fenômeno batizado pelos sociólogos da época de “vazios demográficos”. Depois de Brasília, o país nunca mais foi o mesmo e sua construção deu início ao processo de desenvolvimento do Brasil.
Assim, da próxima vez que você for à Praça dos Três Poderes, não deixe de ler as seguintes palavras de Juscelino, proferidas em 1956, quando Brasília ainda era pouco mais que um esqueleto em meio à poeira.

“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões Nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã de meu País e antevejo esta alvorada com uma fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”. A frase é de outubro de 1956. A mensagem, entretanto, continua atual e serve de exemplo para todos os que estão ali, a poucos metros, dentro do Congresso Nacional, traçando os rumos do País. Poucas palavras que resumem a fé e o amor que Juscelino tinha por Brasília e pelo Brasil.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

153 ANOS DA GLORIOSA POLICIA MILITAR DE GOIÁS



Em 28 de julho de 1858, o então presidente da província de Goyaz, Dr. Januário da Gama Cerqueira, sancionou a Resolução nº 13, criando a Força Policial de Goyaz, com ação limitada à capital da província (Vila Boa), Arraia e Palma, fixando seu efetivo em um tenente (João Pereira de Abreu), dois alferes (Aquiles Cardoso de Almeida e Antônio Xavier Nunes da Silva), dois sargentos, um furriel e quarenta e um soldados.
Com a criação da força policial, vários civis foram contratados para o policiamento local. Sem qualquer instrução, com disciplina precária, eles não possuíam qualquer garantia e só recebiam do governo uma pequena diária e ajuda de custo. Usava como arma apenas um pedaço roliço de madeira (tipo cassetete), que representava o símbolo do poder da Justiça e podiam ser indicados na hora de efetuar uma prisão ou diligência, ou defender alguém de uma agressão. Sem fardamento, nem armas privativas, eles passavam posteriormente a ser escolhidos pelas demonstrações de coragem e por critérios estabelecidos pelos próprios delegados.
Para sediar a Força Policial foi adquirida pela fazenda Provincial, em junho de 1863, uma área de 724m², comprados dos herdeiros do finado coronel João Nunes da Silva, destinada à construção do primeiro Quartel da Força Policial de Goyaz, que abrigou o Comando da Corporação de 1863 à 1936, e atualmente é a sede do 6º BPM na cidade de Goiás.
Os anos se passaram e a força policial começou a ter uma participação ampliada de todas as casualidades que surgiram na região centro-oeste. Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso, tendo assim uma guerra entre as províncias, a participação dos recrutas goianos, nesta guerra, foi importantíssima, apesar de não terem enfrentado os invasores paraguaios. Eles eram encarregados do fornecimento de víveres às tropas estabelecidas às margens do Rio Coxim, além de abastecer os diversos acampamentos distribuídos ao sul e ao norte de Mato Grosso.
Novas propostas foram surgindo, em 1893, foi criada a Banda de Música, no comando do major honorário do Exército João Maria Berquó e sob a direção do alferes da Guarda Nacional Joaquim Santana Marques, seu primeiro regente, que comandava uma banda formada, em grande parte, por integrante da antiga Banda de Música da Guarda Nacional e por Músicos de cidades vizinhas como Jaraguá, Pirenópolis e Corumbá. Por volta de 1898, a direção da Banda de Música passou para o Mestre Braz de Arruda, substituído algum tempo depois por seu discípulo João Rodrigues de Araújo, o Mestre Araújo, que permaneceu no cargo até 1933.
A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889 inicia uma nova fase política que dá maior autonomia aos Estados e, conseqüentemente, às policias, que tiveram de se amoldar às necessidades impostas pelo novo regime e pela nova constituição. Com o aumento da produção econômica de Goiás, nas primeiras décadas do século XX, tudo se transformou e em conseqüência dessas mudanças a Polícia goiana, antes denominada Força Policial de Goyaz, foi totalmente reestruturada passando a ser chamada Polícia Militar do Estado de Goiás.
A história da PMGO apresentou grande crescimento ao longo dos 153 anos de existência, se tornando "Patrimônio dos Goianos", e para essa evolução foi necessário o aumento constante do efetivo que gerou a criação de várias unidades na capital e interior.
Recentemente, foi elaborado um estudo aprofundado da descentralização de Comandos que resultou a aprovação da nova metodologia de comando na corporação e foi decretado de imediato a descentralização do Comando de Policiamento do Interior e da Capital. Os antigos CPI e CPM se dividiram em Comandos Regionais. A descentralização em Regionais permite que a Política do Comando Geral da Polícia Militar seja transmitida com maior agilidade, e os problemas sejam detectados e administrados de acordo com as necessidades, tratando especificamente e prioritariamente cada situação na medida exata e com as providências necessárias e atuantes.
Esta forma de descentralizar o Comando Operacional dá ao comandante regional o poder de decisão e ao mesmo tempo agiliza a resolução de quaisquer questões na sua área de atuação, foi um passo para a modernidade ocasionando a segurança pública para os goianos com mais qualidade. Hoje existem 14 Comandos Regionais, sete Unidades de Ensino e 12 Unidades de Apoio em todo o Estado de Goiás.
O maior patrimônio de uma instituição é a confiança que transmite a quem a ela recorre e a nossa Polícia Militar apresentam esse atributo, frutos de uma tradição secular recheada por um trabalho intenso, árduo e competente para a garantia da segurança e da cidadania. Sendo ferida toda essa historia pelas constantes demonstrações de crueldade, o que é lamentável a uma corporação que se propõe servir uma sociedade complexa e civilizada. A Polícia Militar do Estado de Goiás é dona de uma história que a dignifica e com isso é motivo de orgulho a sociedade goiana que com ela convive, principalmente quando se trata de classes sociais melhor favorecidas. Em 28 de julho de 2011 ao completar 153 anos de existência, a milícia goiana, disciplinada e dinâmica, tem como objetivo principal à apresentação de méritos, a protagonizar importante página da história da civilização do nosso Estado, sendo que apesar desta fase ruim, a sociedade goiana apoiará sempre o humanismo e o desenvolvimento de uma polícia que valoriza os direitos humanos. O que já tem sido procurado, tendo a Polícia Militar formado à primeira turma com nível superior e tendo buscado esta exigência para os próximos concursos, o que pode representar um salto se a formação também levar em conta o intelecto e não somente a força. PMGO: 153 anos de Heróis que doaram suas vidas pelos Cidadãos Goianos. A população não sabe, porém o sentimento de um policial honesto ao defender uma pessoa em perigo, é algo inexplicável! Só assim entendemos o que Jesus quer nos passar ao dizer que fazer o bem ao próximo é fazer o bem a si mesmo. Quando o Cidadão comum se encontra em apuros, a primeira coisa que ele lembra é Deus, e depois chama a Policia Militar, isto não é incrível? Normalmente a Policia Militar recebe muitas criticas, só que essas pessoas não sabem que a PMGO tem sido um espelho para outros Estados da Federação. Não podemos jogar uma caixa de tomate fora, quando somos conscientes que existem apenas entre elas, algumas estragadas. A PMGO precisa que seus Governantes procurem dar uma atenção mais redobrada, assim a sociedade em geral se sentirá mais protegida. Não podemos esquecer que só o que é realmente sustentável pode completar 153 anos de existência. Só lembrando! 60% das informações deste texto foram extraídos da Wikipédia, a Enciclopédia Livre. Deixo aqui um fraterno abraço aos Eis Comandantes, que fizeram da antiga Força policial de Goyaz, a verdadeira Gloriosa Policia Militar de Goiás. PMGO, Patrimônio dos Goianos. Uma iniciativa do Poeta: Jose de Arimatéia.

Jose de Arimatéia é Poeta e Escritor.
Fundador do Acervo Unidade Cultural
Patativa do Assaré.










segunda-feira, 7 de março de 2011

A CASA ONDE NASCEU O POETA JOSE DE ARIMATEIA


Foi nesta humilde casa que nasci! Também foi nela que pude aprender o siguinificado do verdadeiro amor entre pais e filhos.Enfim nesta mesma casa, meus pais tiveram 20 filhos, hoje 17 vivos. Somos o seguimento do ensinamento da vida de Jesus Cristo. Assim como José e Maria tiveram o mais puro amor por seu filho Jesus, meu pai e minha mãe, apesar das dificuldades da época, tiveram a dignidade e a humildade de nos criar dentro de suas possibilidades, além de nos dar o verdadeiro amor de pai e mãe, e ainda nos criou dentro do cristianismo.
Hoje temos muito que agradecer minha mãe pela guerreira que sempre nus ensinava o caminho da verdade. Depois que fui pai, foi que percebi o significado da responsabilidade de manter e educar os filhos.
Desta casa trago belíssimas lembranças! Como exemplo, em seu terreiro eu com meus irmãos brincávamos de bola de gude de pega-pega e outras brincadeiras. Cada cômodo tem um grande significado para cada irmão meu. Foram em seu terreiro onde dei meus primeiros passos. O tempo foi passando, e tive que deixá-la, indo morar em Cidade distante. Décadas depois, meus pais com meus irmãos, também tiveram que deixá-la. Hoje ela se encontra no total abandono pelos seus, e pelo próprio destino. Também foi em volta desta humilde casa onde meu pai como humilde agricultor braçal tirava através da terra o sustento da família. Meu pai também foi um grande professor para mim e para meus irmãos. Ele nos ensinou a importância da semeação, lançar a semente sobre a terra, e esperar brotar e dar frutos para nos servir de alimentos. Foi através destes ensinamentos que tivemos a noção e a grandeza de Deus diante dos homens e da natureza. Voltando a falar na casa que tanto nos protegeu da chuva, do vento e do ar. Como reconhecimento, retrato o seu verdadeiro abandono em versos.

Sinto uma grande tristeza
Em te vê-la abandonada
Tristonha tão desprezada
Como a própria natureza
Foste rica de beleza
Deixada no esquecimento
Sofrendo grande tormento
Com figura de choupana
Sem uma presença humana
Castigada pelo vento.

Casarão solitário sem ninguém
Seus herdeiros estão não sei a onde
A coruja com medo se esconde
Quando nota a chegada de alguém
Quem já teve de tudo hoje não tem
A visita se quer de um descendente
Só existe ruína atualmente
Num castelo que foi desmoronado
No alpendre do casarão abandonado
Um passado feliz marcou a gente.

Este é o desabafo do único poeta que nasceu sobre seu esteio.
Poeta: jose de Arimateia.

domingo, 6 de março de 2011

A TRAJETÓRIA DE UM POETA



Eis me aqui para contar em versos e poesias a minha verdadeira trajetória.
Foi la pelos anos de 1970 que despertei que eu tinha a veia poética. Certo dia um parente meu estava lendo um livrinho de cordel e fiquei muito interessado de saber quem seria o autor daquela historia tão penosa. Meu parente respondeu, é do Patativa do Assaré, a triste partida. Em seguida me mostrou uma caixa de sapatos cheia de cordéis.
Havia Zé da luz, Zé Limeira, Cego Aderaldo, Pinto do Monteiro, Pavão Misterioso e outros mais. Passei a ler esses cordéis e com muita facilidade decorava-os.
Nisso passei a fazer versos nas bodegas do sitio em que eu morava, para ganhar broas, refrescos, pedaço de rapadura e etc. Meu pai costumava a por roçados grandes, e tinha muitos trabalhadores braçais. Como sempre eu pelo meio dos adultos, aqui, ali. Fazia um verso. Passei a ficar conhecido como o rei da embolada.
Na Escola onde eu estudava o poeta era eu, mandava poemas para meninas, e quando era o tempo das quermesses, eu costumava enviar recados poéticos, para o locutor ler.
Foi quando arranjei minha primeira namorada. Devo dizer que fui inspirado pela própria natureza. O sitio onde eu morava era um verdadeiro Oasis, La havia tudo que um bom caboclo precisava. Eu mesmo fazia minhas arapucas e meus quichós, meus espinheis para pegar meu próprio peixe. Em 1973 fui morar em Fortaleza com uma família maravilhosa, que até hoje sou grato pelo apoio que tiveram comigo. O Sr Edson Milburges Pontes com sua esposa dona Terezita silva pontes colocaram em um dos melhores colégios de Fortaleza, Colégio Santo Inácio.
Já em 1976 fui morar em Recife, La trabalhei de vendedor de porta em porta.
Depois fui trabalhar na casa da Cultura como ascensorista de elevador.
Dois anos depois montei um restaurante, foi quando achei de me casar e construir uma família. Sempre que eu podia escrevia um poema. Participei de varias rodas de poesias, la em Recife eu tinha um grupo de amigos onde me acompanhavam com um fundo musical, as minhas declamações. Hoje só me resta muita saudade daquele povo bacana;
O Chico, Mary, Salete, Salomé, Zé Roberto, Souza, Dona Denise, Babú e o Renê do violão. Eu como sempre era o dono da palavra.
Já em 1999 eu estava separado, ou melhor, solteiro e tomei a iniciativa de voltar para Fortaleza. Lá montei um restaurante em homenagem ao Patativa do Assaré, que acabou virando marca registrada. “RECANTO DO PATATIVA”. Foi ai que veio a idéia de colecionar relíquias, obras dos poetas e escritores famosos. Livros, discos, CDs e reportagens voltadas para Cultura Nordestina.
Nisso um velho amigo, Osvaldo Rodrigues que também é amante da poesia, me apresentou ao jornalista Antonio Viana de Carvalho. O mesmo me convidou para dar uma entrevista em seu programa, na época, na radio Dragão do Mar de Fortaleza.
Lá ele me apresentou ao Prefeito Juraci Magalhães, foi quando o Prefeito se comoveu com minha atitude de defender a Cultura nordestina.
Então ele me levou até o Secretario de Cultura, Prof. Barros Pinho, onde recebi uma quantidade enorme de livros. Daí surgiu à idéia do Jornalista Antonio Viana, em criar um nome para o acervo que foi batizado como Unidade Cultural Patativa do Assaré.
E neste embalo criamos dentro de seu programa o momento Cultural.
Lá nós divulgávamos a verdadeira e autentica Cultura Nordestina.
Nisso os ouvintes do programa doavam relíquias para o acervo. Foi quando já havia mais de oito mil peças, eu não podia pagar o aluguel para manter o acervo, foi quando recorri ao Prefeito de Maracanaú, porque o acervo ficava no conjunto industrial, município de Maracanaú. Por muitas viagens que dei na Prefeitura, o Prefeito na época Julio Cesar Costa Lima ao lado dos seus vereadores, alegaram que não havia verbas destinadas para Acervo Cultural. E ainda teve vereador com a cara de pau para me falar que Cultura não dava voto. Mesmo assim não desisti, passei mais de um ano mantendo o acervo sozinho. Foi quando a TV Verdes mares, uma filial da rede Globo tomou conhecimento desse acervo e foram conhecer o acervo e me entrevistar. Nisso eu já era sócio da “SOPOEMAS” Sociedade dos Poetas e escritores de Maracanaú. Foi na Sopoema que participei de rodas de poesias adquirindo as técnicas literárias. Foi quando conheci os maiores cordelistas do Brasil. Entre eles o Rouxinol do Rinaré, ele foi um grande incentivador para que eu escrevesse um livro, onde eu pudesse relatar o que o Ceara tem de melhor. Um dia fui convidado para participar de uma reunião da Secretaria de Cultura de Maracanaú, onde eles comentavam que criaram uma oficina escola para jovens carentes do bairro da Pajussara. Aquilo me tocou de imediato, pedi a palavra perguntando; vocês conhecem o Acervo Cultural do Patativa do Assaré que fica no conjunto industrial?
A maioria afirmou que sim: Então naquela hora tomei a iniciativa e falei, apartir de hoje o Acervo do Patativa pertence á nova oficina escola! Foi quando todos bateram palmas.
Nisso procurei saber quem era a pessoa responsável pela oficina escola.
Logo apareceu um Cidadão por nome de Carlos castelo, que foi logo perguntando, quando podemos pegar o acervo? Quando quiserem respondi. No dia seguinte chegou uma equipe da prefeitura de Maracanaú com o dito Carlos Castelo, que de imediato levaram todo Acervo Cultural. Dias depois fui convidado para inauguração da oficina escola que ganhou o nome de recanto do Patativa, La fui recebido pelo Prefeito Roberto Pessoa e toda sua equipe, onde fui reconhecido como doador do Acervo Cultural do Patativa do Assaré. Para mim é muito gratificante saber que uma simples atitude pode ajudar muitas crianças carentes a conhecer a sua própria historia e sua Cultura.
No ano de 2.000 eu trabalhava na VIA PIZZA em Fortaleza, quando de repente fui apresentado a uma turista de Goiânia-Go.
A mesma trajando a moda country foi quando seu irmão me convidou a fazer uma poesia a essa dama com um olhar penetrante. Assim tudo aconteceu ao vivo. A mesma pegou meus contatos e passamos a nos corresponder. E assim ela se transformou em minha verdadeira inspiradora. Sempre que eu podia, enviava lhe uma poesia.
No período que eu fazia parte do programa Antonio Viana, fui batizado de Patativa do Ceara. Daí surgiu à idéia de chamar a turista de sabia. Foi quando eu tive a iniciativa de começar a escrever meu livro. Foi quando surgiu uma poesia com 32 estrofes de sete linhas com o titulo, “A Patativa e a sabiá”. Como eu já havia escritos outras poesias, o titulo passou a ser, O Patativa e a Sabia e outras poesias. Mas só em 2006 é que tomei a iniciativa de ir até Goiânia a procura da sabia.
Para matar a curiosidade do leitor, hoje ela é minha verdadeira esposa. A idéia do livro já havia caído no esquecimento, foi quando eu estava trabalhando de garçom em um aniversario de uma senhora de 87 anos, uma pessoa bastante conhecida na mídia Goiana, conhecida carinhosamente de Tia Joana. Sem mesmo eu esperar, me convidaram para subir no palco, e declamar uma poesia, em homenagem a aniversariante.
E assim aconteceu naturalmente. Em seguida fui abordado por dois senhores que logo se identificaram como Antonio Almeida e Waldecy Barros. Os mesmos perguntaram-me, se eu era o poeta Jose de Arimateia. Fui preciso em minha resposta, e foram logo dizendo que era filho da Tia Joana.
Os mesmos puseram a Mão no bolso e cada um me entregou um cartão para que os procurassem na editora “Kelps”
Dias depois apareci na editora “Kelps” onde fui atendido por Waldecy Barros que logo foi me questionando se eu tinha alguma coisa escrita. Nisto eu lhe falei que tinha um livro escrito, só esperando uma oportunidade para ser editado.
Foi ai que ele pediu para eu enviar o que havia escrito para o e-mail da editora, e que dois dias depois eu aparecesse para pegar uma mostra. Resumindo, menos de 30 dias meu livro estava editado pronto para ser lançado.
O que ainda me deixa feliz é que ainda existem pessoas com atitudes tão brilhantes, que para muitos são simples, e pra outros são a verdadeira solução.
Quantas portas de políticos eu tive que bater em busca de um apoio, onde eu pudesse divulgar o meu trabalho como poeta ou como defensor da verdadeira Cultura Brasileira.
Como havia dito o Jornalista Wlisses Aesse que prefaciou o meu livro. O que mais vejo no Brasil é que existem tantas pessoas de talentos que a sociedade em geral não enxerga e não vê porque estão cegas no limite de suas incompreeções dos que buscam na pedra monetária a salvação dos pecados.
Felizmente como Deus sabe das coisas, me mostrou dois homens generosos que se compadeceram e abraçaram minha causa, e acreditaram no meu trabalho como escritor e poeta.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

“UMA VIDA A DOIS”


Depois de pesquisar e conviver a vida a dois, é que tive a real consciência que não existem vários tipos de amor. O amor é único como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao conjugue ou a “Deus”. A diferença é que como marido e mulher não há laços de sangue. Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna. O te amo pra la, te amo pra cá muito lindo porem insustentável. O sucesso do casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que o amor. E às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja antes de tudo o “respeito.” Amar só, é pouco, tem que haver inteligência, um cérebro programado para enfrentar tensões pré menstruais, rejeições e conta para pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar “exemplo” não gritar, ter que haver confiança, certa camaradagem, às vezes fingir que não viu fazer de conta que não escutou. Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pe no chão, tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não se dar conta do recado. O amor pode ate nos bastar, mas ele próprio não se basta. Para que exista o verdadeiro amor entre duas pessoas, é preciso aceitar o amor do pai maior que é Deus o todo poderoso.
Poeta: Jose de Arimateia.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

MORTE PRECOCE


Em frente à igreja postada
Ajoelhada rezando
Aquela mulher coitada
Passa hora meditando
Naquele centro sagrado
O que lhe resta de amor
É contar o seu pecado
E amenizar sua dor.

Carregando trauma consigo
O remorso a remoção
Pagando o veto castigo
Da lei da compensação
Já foi moça e vaidosa
Tinha tudo em seu caminho
Na sua vida amorosa
Nunca quis ter um filhinho.

Afinal ficou gestante
Não sentindo amor materno
Com gesto repugnante
Achou num canto um inferno
Pensando num certo conforto
Riqueza casa e mansão
Provocou logo um aborto
Sem a menor compaixão.

Certa noite ela dormindo
Apareceu-lhe um anjinho
Com meiguice lhe entregando
O seguinte bilhetinho
Mamãe leia estes versos
Mais não fique constrangida
São pequenos lembretes
Deste que lhe parte a vida.

Foi tão pequeno o período
Que em seu ventre passei
Tão quietinho e tão miúdo
Em nada lhe magoei
Porque mamãe a senhora?
Lançou-me o ódio profundo?
Expulsou-me antes da hora
Sem deixar-me vir ao mundo.

Receoso a um estante
O meu começo o meu fim
Neste mundo tão gigante
Não houve lugar para mim
Eu ate li os fermentes
Do seu ventre fui gerado
Por razão incoerente
Cedo fui repugnado.

No seu subconsciente
Lendo este ato nefando
Quando vejo um inocente
Com sua mamãe brincando
Que tamanha culpa tive
De morrer precocemente
Não ver outras criancinhas
Brincar explicitamente.

Se eu tivesse nascido
Também crescido ao seu lado
Talvez de alguma coisa
Já tivesse lhe ajudado
Eu te peço confiante
No teu amor, no teu carinho
Se ainda sair gestante
Não mate meu irmãozinho.

Autor: Desconhecido.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

LEMBRANÇAS DO SERTÃO NORDESTINO




Um dia fui passear
No sertão onde nasci
Todas as coisas que eu vi
Depressa trouxe pra cá
Com medo de se acabar
Toda sua tradição
É pra minha coleção
Nada posso vender
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Um cutelo de capar pinto
Cuia pra galo com gogo
Vareta de espalhar fogo
Embira pra fazer sinto
Almofada e labirinto
Espingarda e mosquetão
Chifre quicé e facão
Bico de guri morder
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Carroça tanque e chibata
Arapuca e ratoeira
Ancoreta e rossadeira
Jarrinha pra botar nata
Tamborete e pau de lata
E lenha para o fogão
Sunga pra vei mijão
Pro mijo não escorrer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Trinchete trança e tramela
Fojo funil ferradura
Arara e Erva que cura
Carvão pra riscar janela
Bucha pra limpar panela
A foto do casarão
Vassoura pra limpar chão
Pra mamãezinha varrer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Trouxe cuxim e chocalho
Forquilha de prender pote
Cordinha de amarrar sote
Um pilão de pisar alho
Porrete pra quebrar galho
Garajal balde e surrão
Estribo peia e bridão
Pro cavalo não correr
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Espora gangorra e sola
Um tacho tina e cabresto
Cipó para fazer sexto
Mochila para viola
O barro que ataca a mola
Alforje para o alazão
Um litro de alcatrão
Para de noite eu beber
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Trouxe da santa a medalha
Bengala de puxar cego
Martelo pra bater prego
Caixinha para navalha
Abano para fornalha
Chibanca de cavar chão
Palmatória pra lição
Que ninguém quis aprender
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Califom pra moça sonça
E calça de gasimira
A rede feita de tira
Um toco pra amarrar onça
Trouxe até uma geringonça
Pra pegar camaleão
Um radio sempe e um caixão
Pra guarda lo se chover
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Tinta pra tingir pano
Extrato pra moça feme
Um postal da letra eme
Que me botou pelo cano
Fumo de rolo Baiano
Fivela pra cinturão
A prenda de um leilão
Que arrematei sem querer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Querosene jacaré
Pasta colino e dedal
Trouxe goma pro mingau
Combinação pra mulher
Quinado pra quem quiser
Beber La no são João
Toma um gole e cai no chão
Quem do quinado beber
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Tarrafa jequi landuar
Um remo balsa e canoa
Uma forma de assar broa
Milho para o mangunzar
Malagueta pra temperar
O peba pra refeição
Trouxe a rede de algodão
Que ajudei a fazer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Trouxe alfinete pra renda
Trouxe raspa de juá
Trouxe o pinho para tocar
Trouxe cuscuz pra merenda
Trouxe mastruz que emenda
Os ossos de um cristão
Trouxe meus versos na Mao
Pra você me conhecer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Trouxe um banco de aroeira
Um isqueiro sete lapada
Uma camisa remendada
Creolina pra bicheira
Cumrrinboque e baladeira
Cabide rife e pião
O couro do barbatao
Que morreu sem merecer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Trouxe um disco do Gonzaga
Um espeto de assar piaba
A saudade não se acaba
Nem com o tempo se estraga
Ainda deixei uma vaga
Aqui em meu coração
Pra trazer uma paixão
Que de amor me fez sofrer
Só vendo pra você ver
Como é bonito o sertão.

Autor; desconhecido.