quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


“HOMENAGEM AO MEU PAI”
(JOÃO ALVES DA CRUZ)

Quando o dia amanhecia,
E o seu café tomava
Para o seu roçado ia
Os filhos lhe acompanhavam
Pra roça levava tudo
Eram os graúdos e os miúdos
Os meninos, e os rapazes
E ele andando contente
Ia caminhando na frente
E aquela enfileira a trás.

Hoje o destino malvado
Traiu-lhe sem compaixão
Jogando-lhe sobre uma cama
Sem saber por que então
Ele sofrendo calado
Sobre um leito deitado
Distante lá do Sertão.

O que faz meu pai sofrer
E ver seus filhos ao lado
Tendo que ficar calado
Sem poder lhe responder
Ainda parecendo um bebê
Pois voltou usar a fralda
E essa doença malvada
Fazendo-lhe padecer.

Mas Deus como é poderoso
Vai ter dele compaixão
Vai lhe dar sua saúde
E logo vai ficar são
Pra voltar viver de novo
E conviver com seu povo
Lá nas terras do Sertão.

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