quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
" PREFÁCIO DO MEU LIVRO "
"UM POETA DO TEMPO"
É assim que ele pode ser conhecido.
Uma noite estava eu recebendo uma homenagem, o Troféu Goyazes, e, no
final, foi servido um coquetel. Nessa noite, nessa mesma noite, fui
atendido por um senhor que logo se identificou como poeta: ‘Poeta José
de Arimatéia’. Soou como se viesse com as palavras afiadas, em fogo.
Foi quando um colega seu me falou que José de Arimátéia era um poeta
nordestino e ‘dos bons’, emendou num orgulho de amizade. Após a
conversa, puxei meu cartão para entregá-lo e pedi que me procurasse no
Diário da Manhã, minha segunda casa.
Algumas semanas depois o ‘Poeta José de Arimatéia’ foi me procurar no
jornal, com seu currículo cultural de voz arrastada e calejada de
Nordeste. Nessa ocasião pude, de fato, conhecer seu lado profissional,
social e cultural. O mesmo com um portfólio das entrevistas que deu à
TV Verdes Mares, uma filial da TV Globo. Também tive a oportunidade de
ver seus diversos artigos escritos em vários jornais. Foi Assim que
fiquei sabendo que José de Arimatéia tinha um acervo cultural lá no
Nordeste, com mais de 8 mil peças, e, que, acabou tendo que doá-lo
para Própria prefeitura que, antes, havia negado apoio na manutenção
de seu acervo. Numa entrevista que o mesmo concedeu, a repórter, na
época, questionava sobre a doação do acervo cultural. E sua resposta
foi precisa como uma lâmina no vento
Já que não posso manter o acervo sozinho, prefiro doar para uma
oficina escola de alunos carentes que também pertence à prefeitura que
me deu as costas.
Eis apenas uma das faces desse Poeta José de Arimatéia.
É gratificante quando somos atendidos por um profissional, quer seja
na área de bebidas ou alimentos, e logo se descobre o talento que
existe por trás deste: garçom, com as mãos em prece na obrigação de
servir bem no dia; poeta, anjo louco que carrega sua terra na lavra
das palavras; declamador, que encanta com sua hipnose fonética dos
rincões do Brasil; escritor, que debruça sobre a cultura de seu povo e
orador de público e de alma.
O que ainda vejo no Brasil é que existem tantas pessoas de talento que
a sociedade em geral não enxerga e não vê porque estão cegas no limite
de suas incompreensões dos que buscam na pedra monetária a salvação
dos pecados.
O caso do poeta Jose de arimátéia é justamente o contrário: ele canta
para que a chuva seja eterna no brilho do sol.
Para mim foi muito gratificante conhecer esse poeta nordestino e muito
criativo. Receba o abraço deste amigo.
Ulisses Aesse
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