quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


“KLEVISSON E ARIEVALDO”


Klevisson e Arievaldo
Com esses dois, ninguém pode
São cearenses pai d égua
De tudo fazem pagode
Sem ligar para o decoro
Criaram até um namoro
De uma moça com um bode.

Irmãos de sangue e de arte
Seguem no mesmo caminho
Na expansão do cordel
Dedicam-se com carinho
Com ousadia e talento
Já fizeram o casamento
Do cordel com o quadrinho.

Achei um pouco engraçado
Um namoro diferente
Do bode com uma moça
Uma donzela inocente
Já entrando na bodança
Doida pra encher a pança
Do bode metido a gente.


Eu sempre desconfiei
Da moça do interior
Que quer logo dá o danado
Ou esquentar o motor
E ainda se sacode
Se abraçando com um bode
Chamando de professor.

Rouxinol do Rinaré
Nosso grande menestrel
Ao lado do Ribamar
Falaram sobre o cordel
Acharam-se pequeninos
Diante dos dois meninos
Pra eles tiram o chapéu.

Quero agora agradecer
Por poder participar
Do trabalho dos irmãos
Da cultura popular
Que fizeram com carinho
O cordel virar quadrinho
No centro dragão do mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário